Encontro-me solitária,
nesta estrada deserta,
coração pulsando intensamente
em total estado de alerta.
O pensamento logo me assusta,
são perguntas sem respostas,
conclusões indecisas...
Afinal,
por que desejo saber como está você?
A incerteza deste meu querer,
a confiança em meu coração,
teimando neste mar de agitação,
são muitas interrogações ?!
Não sei por onde andas,
quanta alucinação!
Os minutos contam depressa,
preciso de uma resposta a minhas indagações
e incertezas, busco a minha essência,
não encontro amparo...
Os dias afastam essas ilusões.
Este desejo persiste, sem fim...
Resolvo seguir o meu íntimo querer,
que teima em perguntar:
como está você ?
Como eu gostaria de saber !
Socorro Lima
É maravilhoso quando as pessoas à nossa volta
gostam de nós e nos tratam com apreço e simpatia.
Porém, nem sempre isso ocorre.
E não acontecendo, ficamos chateados,
pensando no que podemos fazer para nos tornarmos queridos...
Em conseqüência disso, modificamos atitudes,
simulamos hábitos, palavras e gestos;
freqüentamos lugares e chegamos a imitar
a outrem só para agradarmos...
Incorremos no erro de forçarmos
para agradar as pessoas e atraí-las a nos estimarem.
No entanto, na arte de viver,
é preciso aprender que a espontaneidade
é uma das maiores provas de afeição verdadeira e recíproca.
Quem se aproxima de nós e se "sintoniza" conosco,
deverá fazê-lo espontaneamente
e não por uma falsa imagem que criamos.
Não nos preocupemos em agradar a todos pois,
nem Jesus Cristo conseguiu.
Forçando atitudes, acabaremos nos sentindo infelizes.
Precisamos nos transformar,
só que com esforço sincero
de melhoria íntima e não teatralmente.
Que nos estimem como somos.
Se estimarmos aos outros, gostarem de nós será consequência.
" A suprema felicidade da vida é a convicção
de ser amado por aquilo que você é,
ou melhor, apesar daquilo
que você é."
Trecho do livro :
"Reflexões Para a Paz"
* Victor Hugo