terça-feira, 11 de maio de 2010

Foi Mesmo Tudo Verdade?

Um dia pessoas vão embora de nossas vidas e rápidas,
como nela entraram, saem sem despedida e
aquela pequena porta de saída por onde elas escapam,
em seguida, é destruída e nós ficamos nos perguntado
por qual porta elas entraram,
ficamos nos questionando por que nos abandonaram.
Elas sequer se despedem de nós e fogem
para longe nos deixando a sós.
Vem então uma dúvida atroz;
Houve carinho, houve amizade?
Houve cumplicidade?
Foi mesmo tudo verdade?
Enfim, os instantes preciosos que dividimos
com alguém descobrimos que foram divididos
com ninguém,
que tudo não passou de um momento e
que na verdade não houve sentimento.
Pessoas que se gostam, que se querem bem ou
que dizem amar alguém não se afastam
sem uma plausível explicação ,não deixam
em nossas vidas esse ponto de interrogação.
Quem sabe se o que tivemos foram amigos de ocasião,
aquele tipo que parece que não tem coração.
Aquele tipo que segue o vento e que só está
presente nos melhores momentos.
Aquele tipo que não sente saudades,
que vive a vida só em busca de novidades.
Aquele tipo que quando quer colo sabe
onde nos achar e depois, com sua ferida já curada,
esquece que fizemos de tudo para ela parar de sangrar.
E nós, tolos e sensíveis, finalmente conseguimos entender
que a vida deles é muito mais fácil de se viver.
Não se prendem, não se entregam, não se dedicam ,
não se apegam.
Essas pessoas moram em nuvens passageiras
e tentar segurá-las do nosso lado é pura besteira.
Mas quem sabe um dia vão olhar pra atrás e
perceber que voaram demais,
voaram tanto que não puderam segurar
pessoas que as amaram e que elas poderiam amar.
(Silvana Duboc)

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