segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Desafio Que Faz a Vida


Quando o mundo bate forte e dói
é sempre muito difícil entender e aceitar
porque a vida tem de ser assim,
porque não podia ser de um jeito menos sofrido
porque as coisas são como elas são e não
como a gente gostaria que fossem.
Tudo parece feio e sem sentido
depois de um fracasso.
Não há consolo para uma grande
perda ou decepção.
Não há alívio para a tristeza que fica
quando um sonho se vai
e a única vontade que a gente tem é
de ir junto, sumir,
desaparecendo sem deixar rastro
ou direção.
Não é simples sobreviver com os
nossos planos em ruínas.
Não é fácil recomeçar do nada ou,
às vezes, com menos ainda.
O caminho da reconstrução
é lento e pesado
para a pouca energia que nos resta
depois de uma queda.
Mas é exatamente nessas horas
que a gente
tem que soprar as cinzas de ideais
em frangalhos e descobrir,
em meio aos destroços
de uma batalha perdida,
a nossa enorme grandeza,
o nosso imenso valor,
a nossa incrível capacidade
de recomeçar sempre,
mesmo com o amor próprio
ferido de morte
e a fé golpeada na sua própria raiz.
É esse desafio que faz a vida
digna de ser vivida.
Geraldo Eustáquio de Souza

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